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Dona da Volvo adquire participação importante na marca de carros elétricos urbanos; produção deve mudar para a China a partir de 2022

A fabricante chinesa de carros Geely, dona da Volvo e da Lotus, comprou da Daimler 50% de participação na Smart, confirmaram as duas empresas. Isso salva a antiga marca francesa de desaparecer com o fim da parceria entre a Daimler e a Renault. Havia o risco de a Daimler matar a Smart até 2026 se nenhum novo parceiro fosse encontrado.

A Geely e a Daimler, que controla a marca Mercedes-Benz, e a Geely, formarão uma joint venture 50/50 para administrar a empresa de carros urbanos, que está em processo de se tornar uma marca apenas elétrica.

Sob o acordo, a Mercedes-Benz liderará o design desses futuros modelos, provavelmente para manter a identidade da marca, e a Geely cuidará da parte de engenharia dos novos projetos. Com isso, a produção de carros da Smart irá para a China, com novos modelos somente elétricos chegando a partir de 2022.

Como parte do novo plano de produtos (cujos detalhes ainda não foram divulgados), a Smart expandirá para o segmento B, onde ainda não atua. O acordo visa desenvolver ainda mais a marca francesa como “uma líder em veículos eletrificados premium”, de acordo com um comunicado conjunto da Geely e da Daimler.

O presidente da Geely, Li Shufu, disse: "Respeitamos totalmente o valor do Smart". E acrescentou: "Como parceiros iguais, nos dedicamos a promover a marca Smart globalmente".

Até o lançamento dos novos modelos em 2022, os atuais carros inteligentes continuarão a ser produzidos nas fábricas da Daimler em Hambach, na França, e em Novo Mesto, na Eslovênia.

A Daimler também investirá cerca de € 500 milhões em Hambach para prepará-la para a produção de um futuro veículo compacto em sua linha elétrica EQ.

A joint venture será dirigida por um conselho de seis diretores, divididos igualmente entre a Daimler e a Geely.

Os termos financeiros da transação, divulgada pela primeira vez pelo Financial Times, não foram divulgados. A joint venture deve ser concretizada até o final de 2019.

E o Brasil?

A Smart bem que tentou se estabelecer no Brasil, mas a demanda pelos fortwo caiu ano a ano, em boa medida por conta da suspensão de curso curto dos carrinhos, quase incompatível com o péssimo asfalto brasileiro. Outro problema era o portfólio limitado da marca, uma pedra no sapato da rentabilidade da rede de concessionários.

Com a mudança, a Geely talvez tenha na Smart uma ponta de lança para o mercado brasileiro. Com a crescente oferta de veículos elétricos no país, e o portfólio mais amplo da marca de urbanos, que hoje já inclui também o subcompacto forfour, apostaríamos em um ressurgimento por aqui. Isso se a economia não mudar os planos.

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(Colaborou Gustavo Ruffo)

James Attwood

James Attwood, digital editor
Title: Acting magazine editor

James is Autocar's acting magazine editor. Having served in that role since June 2023, he is in charge of the day-to-day running of the world's oldest car magazine, and regularly interviews some of the biggest names in the industry to secure news and features, such as his world exclusive look into production of Volkswagen currywurst. Really.

Before first joining Autocar in 2017, James spent more than a decade in motorsport journalist, working on Autosport, autosport.com, F1 Racing and Motorsport News, covering everything from club rallying to top-level international events. He also spent 18 months running Move Electric, Haymarket's e-mobility title, where he developed knowledge of the e-bike and e-scooter markets. 

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